domingo, 20 de novembro de 2011

Os amigos virtuais.

Fazemos declarações e confidências a pessoas que nunca vimos, que não conhecemos e que, para tornarem-se nossos "amigos" apenas tiveram o impulso ou a iniciativa de apertarem uma tecla, "Aceito". Esses  nossos "amigos" também não nos conhecem, então como nos confiam seus dizeres e dissabores e desamores e seus temores, suas verdades, afinidades, infelicidades e seu passado e seu presente e seus sonhos de futuro.
Eles confiam e nos desafiam a também confiar.
E o que é mais incrível, como gostamos desses ilustres desconhecidos. Eles nos fazem pessoas melhores, solidárias e juntos, nós todos que não nos conhecemos, criamos um novo tipo de amizade:
A amizade on-line.
Pôxa somos inventores e de uma coisa boa, ora viva . Já aconteceu comigo e talvez com algum de vocês, lá pelas tantas da madrugada algum desses "amigos" te chama no bate-papo e ficamos jogando conversa fora durante algum tempo. Lá pelas tantas, a conversa agradável acalmou o coração desse virtual "amigo" e ele tranquilo, obedeceu ao sono, se despediu e se foi. Tú ou eu o "amigo" que, quase dormindo foi convocado involuntáriamente para a conversa, despertou para ser solidário e depois ficou só e acordado.
E esse tipo de solidariedade é quase impossível de acontecer se não for on-line. Eu não sairia de casa as 02:00 ou 04:00 da madrugada para ir a casa de alguém para ouvi-lo ou confortá-lo, sinceramente.
Nao por falta de solidariedade mas, por falta de condução, por estar chovendo, por ter compromisso no dia seguinte, por enfim, tantos outros motivos.
Mas on-line eu vou.
On-line eu estou lá ou estou aquí, é só chamar.

(Eliomar de Oliveira)

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