segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vontade de escrever.


Hoje é segunda feira, 15h30min e para a maioria das pessoas, horário de trabalho. Para mim também, estou trabalhando (pode não parecer) mas, como trabalho para mim e ainda mando em mim, me dou alguns pequenos presentes e este é um deles. Resolvi escrever mas, o que escrever numa segunda feira às 15:30 horas.
Posso dizer que estou na finalização da edição do mês de meu jornal (e estou mesmo), posso dizer que, por o dia estar meio feio e nublado e que, o que tenho a fazer posso fazê-lo daqui (e é verdade), posso também dizer que apenas gostaria de "dizer".
E é exatamente isso que quero fazer, "dizer".
Mas, dizer o quê? Para quem? Por quê?
Vou dizer.
Aos 53 anos de idade, anos em que fiz muito e que também deixei muito por fazer; onde consegui ser feliz e conseguiram me fazer infeliz; onde fiz muitos amigos e consegui não perder nenhum; onde sorri muito e chorei mais ainda; onde casei e tive duas filhas e já tenho um neto; onde me divorciei, me desquitei, me separei e rompi relacionamentos.
Mas principalmente, anos em que escolhi palavras para me incentivarem. Palavras como "continue", "tente", "procure", "acerte". E eu sigo essas palavras, continuei, tentei, procurei. Quanto a última "acerte", ainda não consegui, muita coisa ainda não deu certo mas, vou "continuar", vou "tentar", vou "procurar" e um dia vou "acertar". Vou sim, porque só quero acertar em uma coisa e tenho a certeza de que se me dedicar a isso, se concentrar todos os meus esforços e minha energia nisso, vou acertar.
Quero acertar no amor. Como um cupido meio maluco, meio míope, mas feliz (e a felicidade é certeira), quero acertar uma flechada no coração de alguém. E que seja talvez e também uma feliz maluca mas que me queira como sou, que me aceite como posso ser e que me ame como consigo ser.
Disse que iria dizer e disse. Para quem? Por quê? Não digo.
Queria dizer muito mais. Não quero dizer mais nada.

(Eliomar de Oliveira)

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