quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Justiça cega? Cega para quem?


Como cresci aprendendo a respeitar pessoas e leis, assim como também milhões de outros brasileiros o foram , sinto-me no direito de ficar revoltado com acontecimentos amplamente divulgados diariamente em todos os meios de comunicação. Maus tratos a idosos, a mulheres, a crianças, a pessoas com outras religiões, orientações sexuais, times de futebol, a animais, enfim, um total desrespeito a direitos básicos de cada cidadão, constantes em nossa legislação e que deveriam ser protegidos por essa legislação. Diz-se, ou melhor, dizem os que têm interesses até escusos, que nosso país é uma democracia, que o Brasil é um país justo, de oportunidades para todos e onde todos são tratados igualmente.
Que piada.
Que grande piada.
Que justiça é essa onde é permitido que: bêbados (bandidos) dirijam e assassinem, sim o termo correto é esse, assassinem pessoas e permaneçam impunes: que ladrões (bandidos), entrem nos lares de pessoas trabalhadoras e honestas, que as roubem, e que, se não satisfeitos com o arrecadado na pilhagem, ainda assassinem as vítimas; que tarados(bandidos), assediem crianças, muitas vezes seus próprios filhos e lhes tirem o bem maior , sua inocência; que bad-boys (bandidos),  muitas vezes criados em boas condições sociais, se achem no direito de machucar e até matar pessoas, só porque suas mentes bandidas não concordam que outra pessoa possa ser diferente; que políticos (bandidos), usem o cargo para o qual foram eleitos e que lhes da grande poder para ser usado em benefício do cidadão, a usarem esse poder em benefício próprio, roubando verbas destinadas a saúde, alimentação, educação, enfim, destinadas a uma melhor qualidade de vida para os que o elegeram.
Sabem o que mais me revolta? O que me dá certeza dessa impunidade latente, e que, dá a mesma certeza a esses infratores (bandidos)?
Uma frase que é dita em todos os meios de comunicação e que já aponta essa impunidade:
- O fulano foi preso e, “SE CONDENADO”, deverá pegar tantos anos de reclusão.
Como assim, “SE CONDENADO”?
A justiça deveria ser uma realidade, para que as vítimas acreditassem e para que os bandidos temessem.
A frase dos meios de comunicação, amparados pela certeza do cumprimento da lei, não deveria ser:
- O fulano foi preso, “SERÁ CONDENADO” e cumprirá tantos anos de reclusão.
Você não se sentiria mais seguro? Mais amparado? Mais cidadão?
Eu sim!

(Eliomar de Oliveira)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Preciso de tua ajuda


Quero tanto me declarar, quero tanto gritar que te amo, quero tanto que me ouças, quero tanto que me queiras. Mas, por que tenho tanto medo? Que medo pavoroso é esse? Medo de te ter?  Não!  Medo de te perder, de perder o que já tenho de ti. Que, para o que esperava ter de ti é tão pouco, mas que disciplinado por este medo de perder, é tanto. Ajude-me, me dê um sinal. Caminhes também tu, alguns passos em minha direção. Já caminhei tantos em direção a ti, e te peço desculpas se foram tão imperceptíveis, mas aquele medo (aquele) me fez andar tão mansamente, que devo ter passado despercebido.
Assim como ventos brandos também movimentam folhas e flores, espero que um dia meu brando vento te alcance, e que ao menos levemente te agite, e que mesmo sutilmente me percebas, e que deliciosamente me aceites. Porque eu, já nascido e crescido, conseguirei renascer. Vivido e sofrido, conseguirei ser feliz. Vivo e realizado te farei feliz.

(Eliomar de Oliveira)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tenho que confessar.

Como muitos de voces, tenho uma página no Facebook. Vejo e, tenho certeza, muitos de voces vêem também, diversas postagens de amigos ou não, com aquelas informações instantâneas, aquelas que no momento, dependendo de seu estado psicológico, pareceram-lhes importantes.
Eis algumas:
Saí; Cheguei; Fazendo um lanchinho; Fui; Partiu; Agora academia; Sushizinho com as amigas; Assistindo novela; Cachorro latiu; Vou dormir; Com fome; Acordei feliz; etc.
Assim sendo e já que compartilhamos tantas informações, sou obrigado ou no mínimo me sinto no direito de vos confessar uma coisa, que no momento estou considerando absolutamente relevante:

" PEIDEI "

(Eliomar de Oliveira)

sábado, 22 de outubro de 2011

Citações sobre conflito de gerações – Essa mocidade.


Citação primeira:
- Nossa juventude adora o luxo, é mal educada, caçoa das autoridades, não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Não se levantam quando uma pessoa mais idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus.

Citação segunda:
- Não tenho mais nenhuma esperança no futuro de nosso país, se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível.

Citação terceira:
- Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe.

Citação quarta:
- Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura.

ORIGEM DESTAS CITAÇÕES

- A primeira é de Sócrates (470-399 A.C.)
- A segunda é de Hesíodo (720 A.C.)
- A terceira é de um sacerdote em (2.000 A.C.)
- A quarta foi descoberta sobre um vaso de argila, nas ruínas da Babilônia e tem mais de 4.000 anos.

Alguma semelhança com os dias atuais?

(Desconheço a autoria)


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Somos como árvores, eu sou.

Como árvores, nascemos de uma semente, que germina se plantada em solo fértil. Que cresce sob os cuidados e sombra protetora de outras pessoas, também árvores. Como toda árvore, enquanto jovens temos flexibilidade, nos vergamos com facilidade aos ventos das dificuldades, frustrações, desenganos... sentimentos. Mas, com essa flexibilidade, resistimos. Aos poucos vamos crescendo, nos tornando mais fortes, mais rígidos, mais resistentes e encaramos os ventos com mais confiança. Até certo ponto, essa rigidez nos transmite segurança, mas de certo ponto em diante passa a ser para nós, perante todos os ventos da vida, um risco. Se o vento for muito forte, essa rigidez que antes era uma vantagem, que nos permitia vergar e resistir, agora pode nos rachar, nos partir ao meio. Em minha atual idade, sou árvore já rígida, mas mesmo correndo o risco de partir ao meio, ainda desejo um grande vento, uma ventania, um furacão chamado “amor”. Espero ainda por esse vento. Que me quebre, que me rache, que me parta ao meio. Mas que venha. E que venha logo.

(Eliomar de Oliveira)

Será que sabemos exatamente quem somos?

Eu, por exemplo,  acho que sou assim.
Gosto de palavras que me intriguem,
de canções que me comovam,
de paixões que me arrasem,
de respostas para perguntas que não fiz.
Gosto de perseguir o que quero, e confesso,
gosto mais ainda de procurar o que ainda nem sei o que.
Gosto de transitar num mundo em que às vezes não me vejo, mas me sinto.
Gosto de ser auto-suficiente, mas adoro precisar de alguém.
Gosto de me lembrar de tudo, mas adoro me esquecer de certas coisas.
Gosto de ser realista, mas adoro sonhar.
Gosto de coisas previsíveis, mas adoro ser abraçado de surpresa.
Gosto de ouvir, mas adoro quando alguém também me ouve.
Gosto de ser solidário, mas adoro precisar de ajuda.
Gosto de confiar nas pessoas, mas adoro me jogar cegamente nas mãos de alguém.
Gosto de gostar, mas adoro ser gostado.

Assim sou eu; mais ou menos isso; acho que isso...não tenho certeza.

(Eliomar de Oliveira)

domingo, 16 de outubro de 2011

Dicionário do coração.

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.
Amor Haaaá. E amor. Bom amor, é...
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Háááá. Esse negócio de amor, não sei explicar.

(Desconheço a autoria)

Novela é coisa de mulher?

Novela é coisa de mulher?
É muito comum especialmente em grupinhos de homens, ouvir-se o chavão: Novela é coisa de mulher! Absolutamente não; não concordo com tal afirmação.
Novela é coisa de gente, de gente como a gente.
Evidente que muitas novelas mais fictícias do que reias tem apenas a função de divertir, de ser um passatempo. De uns anos para cá porém, os escritores, roteiristas, diretores e atores, estão cada vez mais se empenhando em levar para os capítulos das novelas retratos fiéis de situações enfrentadas pelos cidadãos. Com muita competência já foram tratados nos capítulos das novelas, assuntos importantes como:
Desaparecimento de crianças; homosexualismo; bullying ; discriminação racial; maus tratos a mulheres, crianças, idosos e animais; corrupção e mais recentemente, homofobia.
Qualquer cidadão se identifica com um ou todos esses temas. Ele conhece pessoalmente, ou conhece alquém que conheça um desses atingidos, um desses sofredores.
No decorrer das apresentações dos capítulos dessas novelas, muitos movimentos foram criados. Pessoas  mobilizaram-se e criaram condições para que suas ações fossem desencadeadoras de reações.
Muito ainda precisa ser feito. Precisa-se continuar exigindo providências de governantes, de associações, de grupos e principalmente de nós mesmos.
Temos que continuar nos indignando com tudo que estiver em desacordo com o humanamente aceitável.
O  coração de qualquer pessoa de bem, ainda é o seu melhor parâmetro; ele sente, ele sabe o que está errado ou do que não está gostando. E, coração também grita. Faça seu coração gritar.
Denuncie, brigue, defenda.
De nada adianta alguém ou no caso, novelas, programas ou reportagens denunciarem, nos mostrarem ou
como se diz: esfregarem em nossa cara tantas injustiças, se damos as costas e, comodamente fingimos que não estamos vendo.
Novela é coisa de cidadão.

(Eliomar de Oliveira)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Coleciono pedacinhos de vocês.

Para os AMIGOS que não sabem, trabalho em um jornal e por conta disso, fui visitar uns clientes em Navegantes. O último cliente foi lá na praia do Gravatá. Tendo terminado as visitas e pronto para vir embora, pensei melhor e fui até a praia. Fiquei na última curva da praia do Gravatá, num barzinho que existe bem a beira do mar. Sol brilhando, quente. Cerveja suando, mas gelada. E lá fiquei, acho que umas duas horas olhando o mar e pensando.
Sabem em que eu pensei. Pensei em vocês, meus amigos virtuais.
Pensei no jeito em que os rostos de vocês foram aparecendo na tela do computador e como fui achando todos simpáticos e de como tive vontade de lhes adicionar um a um, a um grupo que prontamente nomeei de grupo dos “AMIGOS”. Se fosse analisar com mais frieza os critérios que fazem de alguém um meu “AMIGO” , provavelmente nunca os teria encontrado.
AMIGO, na maioria das vezes, cresce junto, estuda junto, descobre coisas junto. Do AMIGO a gente sabe onde trabalha, onde mora e com quem namora. A gente sabe da alegria e do medo, do gosto e do desgosto. Não aconteceu nada disso entre nós. Então porque gosto tanto assim de vocês? Sou capaz de fazer confidências, de contar o que não contaria talvez, nem a um irmão.
E, acho que acontece isso também com vocês. Dia após dia, ganho através da tela, pedacinhos de vocês e aos poucos aprendo a lhes conhecer, mesmo que só um pouquinho. Com alguns o contato é menor, mas alguns já são indispensáveis, quando demoram a aparecer e postar sua mensagem, sinto falta.
Bianca tem alma transparente, não mente, fala o que sente.
Keli, delicadeza, leveza, com certeza uma princesa.
Alessandra, emoção, só coração, um vulcão. Será?
Giovana, raio de sol, alegria contagiante, a toda hora amiga, constante.
Roberta, doida...doida, agora doída. Seu amor está ausente. Será que sente?
Fernanda, sensatez baseada em Filosofia, quem diria. Alguém disse? Eu disse.
Igor, aquele guri, figurinha carimbada de gibi. Tá em todas. Tá não?
MILAGRES DA ERA DIGITAL.
QUASE NÃO OS CONHEÇO.
E JÁ GOSTO TANTO ASSIM DE VOCES.

(Eliomar de Oliveira)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Deixar lágrimas formarem enchentes.

Nós nos emocionamos ao ver o sofrimento das pessoas atingidas pela enchente. É natural, está muito próximo de nós. Mas, ao assistir no dia 13/09 ao Profissão Repórter na Globo, vendo o sofrimento daquelas pessoas procurando assistência médica para seus filhos, seus pais, para si mesmos, não pude deixar de pensar em quantas lágrimas já resultaram deste sofrimento. Acho que todas essas lágrimas juntas causariam muitas outras enchentes. Assistência medica é um direito do cidadão, garantido por lei, assim como a cobrança de impostos. Por que será que no tocante a cobrança de impostos a legislação consegue ser tão eficiente e arrecadar o que é devido? Por que será que a mesma legislação não é eficiente para exigir a aplicação de uma parte maior desses recursos na saúde? Ou na educação que está se analfabetizando (acho que inventei um verbo novo) ou na conservação e ampliação de estradas, que diariamente ceifam tantas vidas, ou em programas para combate as “drogas” que roubam tantos filhos de suas mães ou mesmo em obras para contenção dessas enchentes. No mesmo dia, o impostômetro acusou uma arrecadação de R$ 1.000.000.000.000,00 (Um trilhão de reais) É muito dinheiro. Para onde será que ele vai? No que é aplicado? Vocês notaram como tem zeros (0) neste valor? E vocês notaram como esses zeros (0) se parecem com bóias? Acho que o governo quer fabricar mais um montão desses zeros (0), dessas bóias, para distribuí-las então e não os recursos, para que as pessoas não sejam mais atingidas com as enchentes, sejam elas provocadas pelas chuvas ou pelas lágrimas desse nosso povo sofrido. 

(Eliomar de Oliveira)