terça-feira, 25 de outubro de 2011

Preciso de tua ajuda


Quero tanto me declarar, quero tanto gritar que te amo, quero tanto que me ouças, quero tanto que me queiras. Mas, por que tenho tanto medo? Que medo pavoroso é esse? Medo de te ter?  Não!  Medo de te perder, de perder o que já tenho de ti. Que, para o que esperava ter de ti é tão pouco, mas que disciplinado por este medo de perder, é tanto. Ajude-me, me dê um sinal. Caminhes também tu, alguns passos em minha direção. Já caminhei tantos em direção a ti, e te peço desculpas se foram tão imperceptíveis, mas aquele medo (aquele) me fez andar tão mansamente, que devo ter passado despercebido.
Assim como ventos brandos também movimentam folhas e flores, espero que um dia meu brando vento te alcance, e que ao menos levemente te agite, e que mesmo sutilmente me percebas, e que deliciosamente me aceites. Porque eu, já nascido e crescido, conseguirei renascer. Vivido e sofrido, conseguirei ser feliz. Vivo e realizado te farei feliz.

(Eliomar de Oliveira)

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