Quero tanto me declarar, quero tanto gritar que te amo, quero tanto que me ouças, quero tanto que me queiras. Mas, por que tenho tanto medo? Que medo pavoroso é esse? Medo de te ter? Não! Medo de te perder, de perder o que já tenho de ti. Que, para o que esperava ter de ti é tão pouco, mas que disciplinado por este medo de perder, é tanto. Ajude-me, me dê um sinal. Caminhes também tu, alguns passos em minha direção. Já caminhei tantos em direção a ti, e te peço desculpas se foram tão imperceptíveis, mas aquele medo (aquele) me fez andar tão mansamente, que devo ter passado despercebido.
Assim como ventos brandos também movimentam folhas e flores, espero que um dia meu brando vento te alcance, e que ao menos levemente te agite, e que mesmo sutilmente me percebas, e que deliciosamente me aceites. Porque eu, já nascido e crescido, conseguirei renascer. Vivido e sofrido, conseguirei ser feliz. Vivo e realizado te farei feliz.
(Eliomar de Oliveira)
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