quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Deixar lágrimas formarem enchentes.

Nós nos emocionamos ao ver o sofrimento das pessoas atingidas pela enchente. É natural, está muito próximo de nós. Mas, ao assistir no dia 13/09 ao Profissão Repórter na Globo, vendo o sofrimento daquelas pessoas procurando assistência médica para seus filhos, seus pais, para si mesmos, não pude deixar de pensar em quantas lágrimas já resultaram deste sofrimento. Acho que todas essas lágrimas juntas causariam muitas outras enchentes. Assistência medica é um direito do cidadão, garantido por lei, assim como a cobrança de impostos. Por que será que no tocante a cobrança de impostos a legislação consegue ser tão eficiente e arrecadar o que é devido? Por que será que a mesma legislação não é eficiente para exigir a aplicação de uma parte maior desses recursos na saúde? Ou na educação que está se analfabetizando (acho que inventei um verbo novo) ou na conservação e ampliação de estradas, que diariamente ceifam tantas vidas, ou em programas para combate as “drogas” que roubam tantos filhos de suas mães ou mesmo em obras para contenção dessas enchentes. No mesmo dia, o impostômetro acusou uma arrecadação de R$ 1.000.000.000.000,00 (Um trilhão de reais) É muito dinheiro. Para onde será que ele vai? No que é aplicado? Vocês notaram como tem zeros (0) neste valor? E vocês notaram como esses zeros (0) se parecem com bóias? Acho que o governo quer fabricar mais um montão desses zeros (0), dessas bóias, para distribuí-las então e não os recursos, para que as pessoas não sejam mais atingidas com as enchentes, sejam elas provocadas pelas chuvas ou pelas lágrimas desse nosso povo sofrido. 

(Eliomar de Oliveira)

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