sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Somos como árvores, eu sou.

Como árvores, nascemos de uma semente, que germina se plantada em solo fértil. Que cresce sob os cuidados e sombra protetora de outras pessoas, também árvores. Como toda árvore, enquanto jovens temos flexibilidade, nos vergamos com facilidade aos ventos das dificuldades, frustrações, desenganos... sentimentos. Mas, com essa flexibilidade, resistimos. Aos poucos vamos crescendo, nos tornando mais fortes, mais rígidos, mais resistentes e encaramos os ventos com mais confiança. Até certo ponto, essa rigidez nos transmite segurança, mas de certo ponto em diante passa a ser para nós, perante todos os ventos da vida, um risco. Se o vento for muito forte, essa rigidez que antes era uma vantagem, que nos permitia vergar e resistir, agora pode nos rachar, nos partir ao meio. Em minha atual idade, sou árvore já rígida, mas mesmo correndo o risco de partir ao meio, ainda desejo um grande vento, uma ventania, um furacão chamado “amor”. Espero ainda por esse vento. Que me quebre, que me rache, que me parta ao meio. Mas que venha. E que venha logo.

(Eliomar de Oliveira)

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